top of page

Qual o impacto das variantes linguísticas na Língua Brasileira de Sinais?




A Lei 10.436/2002 traz a seguinte declaração: “É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e outros recursos de expressão a ela associados”. Nesse sentido, a Língua Brasileira de Sinais é reconhecida como língua de comunicação e instrução.



Essa afirmação reforça o status linguísticos da Libras como língua de comunicação e instrução de canal visual espacial. Nesse sentido, todos os níveis de análise são contrastivos aos níveis linguísticos das línguas orais. Não há dependência entre as línguas orais e as línguas de sinais, mas sua estrutura linguística é organizada sob a perspectiva; fonética, fonológica, morfológica, sintática, semântica e pragmática.

Sendo assim, essa afirmação confere a natureza linguística das línguas de sinais, como língua viva que influencia e é influenciada por seus usuários. Nesse contexto, confesso particularmente que me inquieta quando percebo discursos como:

Precisamos padronizar os sinais em Libras

O sinal correto é assim.....

Eu uso o sinal assim....

Não entendo um surdo ou ouvinte sinalizante, pois ele é de outro estado ou cidade....

Todas as línguas sejam elas orais ou visuais terão variações, pois este é um movimento natural e comum a todas as línguas. As variantes não devem ser causa de estranhamento ou preconceito linguístico e sim objeto de estudo que enriquece o compêndio linguístico.


Quais são as variantes de maior recorrência nas línguas orais e visuais?


Pesquisas indicam que todas estas variantes são apresentadas nos discursos em língua de sinais, contudo a variante diastrática tem sido a de maior recorrência e não as variantes diatópicas relacionadas às distancias geográficas.

Deixo como leitura complementar a pesquisa: VARIANTES LINGUÍSTICAS EM LIBRAS E A MULTIPLICIDADE VISUAL GESTUAL

Nesta pesquisa e também em demais trabalhos na área podemos perceber que as variações diastráticas, ou seja, as variações influenciadas por questões como idade, sexo, nível de escolaridade, questões socioeconômicas influenciam muito mais o discurso do que as variações relacionadas às questões regionais.

Nesse sentido, concluímos aqui refletindo que o principal lugar que influencia as produções discursivas são os lugares de acesso à educação de qualidade, muito mais que os lugares regionais. A maior influencia linguística acontece por questões socioeducacionais e para isso uma educação bilíngue de qualidade precisa ganhar cada vez mais “lugares”.

 
 
 

9 Comments


O problema é o mesmo desigualdade social.


Like

valdenibatista
valdenibatista
May 13, 2021

Sobre a variante linguística todos os dias surge algo novo e com as Libras não é diferente, cada aula é uma experiência mais rica que a outra.

Like

dorotea.klug
May 08, 2021

Faltou assinar a Lista de Presença.

Like
valdenibatista
valdenibatista
May 13, 2021
Replying to

Onde eu assino a lista de presença?

Like

Muito boa a explicação sobre as variantes linguisticas. Aprendi mais um pouco.

Like

Cada vez que estudamos sobre LIBRAS, aprendemos muito mais. Amei aprender sobre as variantes linguísticas.

Like

©2020 por 

LABS EDUCACIONAL.

WhatsApp: 11  98198 - 3899

bottom of page